Ayrton Senna usava o poder mental da visualização

Esta história sobre Ayrton Senna eu tomei conhecimento muitos anos depois daquelas manhãs de domingo que eu acordava cedo para assistir as corridas. E fiquei muito animado quando descobri que certos princípios abordados agora pelo novo MindSet, Senna já fazia em 1985 quando a sua carreira de piloto de Fórmula 1 realmente decolou.  E este mesmo princípio Napoleon Hill já havia explorado e foi apresentado em 1928, o ano que publicou sua primeira obra “A Lei do Triunfo”. Isso é mais uma prova que as práticas do novo MindSet são capazes de tornar você um grande vencedor.

Ayrton Senna sempre usou o poder da visualização mental para fazer a volta mais rápida, conquistar a pole position de uma corrida ou então vencer um grande prêmio. Esta história eu conheci no livro Ayrton Senna, o herói revelado, escrito por Ernesto Rodrigues.

Foi no ano de 1985 no GP de Portugal com o seu emblemático Lotus Preto número 12, que Ayrton Senna conquistou a primeira vitória e a primeira pole position de sua carreira. Ele havia estreado no ano anterior com um carro de uma equipe inferior, mas o talento e a dedicação chamaram a atenção das grandes equipes e que passaram a sondá-lo. Em 1984 Senna com um carro inferior já havia se estranhado com Alain Prost, e em um final controverso Senna não venceu o GP de Mônaco porque os comissários haviam paralisado a prova algumas voltas antes porque chovia forte.

Mas foi na 13ª etapa daquela temporada em Spa-Francorchamps, o Grande Prêmio da Bélgica, que Ayrton usou o seu poder mental de visualização, para fazer a volta mais rápida e conquistar a pole position. Alguns mecânicos de equipe diziam que “A diferença de Senna para os outros pilotos é a de um filme colorido para um filme preto e branco.” A temporada de 1985 foi para o chefe de equipe Lotus, Peter Warr, a maior demonstração do talento e perfeccionismo de Ayrton Senna. Peter havia feito um esquema no ano anterior para tirar o Leão Nigel Mansell da equipe e trazer Ayrton para pilotar a Lotus.

No treino da sexta-feira Senna conseguiu ser um segundo e meio mais rápido que os demais pilotos. No sábado, naturalmente os outros pilotos se aproximaram deste tempo, mas ainda não haviam batido a volta mais rápida e estavam ainda longe de superá-lo. Ayrton fez a primeira tentativa com tempo razoável, e voltou aos boxes.

Para ele voltar para a pista, os mecânicos precisavam fazer um ajuste no carro que demoraria cerca de 40 minutos. Senna continuou sentado no cockpit e então disse para Peter que não estava feliz com o seu tempo. “Tudo bem, descansa fora do carro”, disse Peter, “vão levar quarenta minutos para trocar o turbo”. “Vou ficar aqui, quero fazer a volta e bater o meu tempo”.

E ele ficou lá amarrado pelo cinto de segurança, com os olhos fechados dentro do capacete, concentrado naquela que seria a volta mágica, percorrendo mentalmente o circuito em cada curva, cada ponto de frenagem, cada ponto de retomada de aceleração, a pressão que ele deveria fazer no volante para fazer as curvas rápidas.

Faltando 15 minutos para encerrar os treinos fez um sinal para o chefe de equipe Peter Warr que queria voltar para a pista. Peter falou “Não precisa mais voltar, a pole é sua.”, mas Senna insistiu “Quero ir…”, e foi contrariando o chefe.  Senna fez primeiro a volta mais rápida em sua mente e depois repetiu o mesmo tempo na pista.

O princípio da visualização mental explica que a mente consegue desbloquear certas travas e bloqueios que o corpo mantém como uma verdade, e o corpo livre destes bloqueios é capaz de agir ao seu máximo.

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