Esta é uma metáfora para aqueles que precisam saber como a palavra de uma pessoa é importante, para a sua reputação aos seus atos.
Há muitos anos, o mundo vivia seus piores momentos e um demônio chamado Rei Kalmas decidiu usar suas forças para dominar e escravizar todo o mundo. Ele tinha para isso um plano maligno.
Ele sabia que se pudesse dominar todos os reis do mundo, ele tomaria o poder, e naquele tempo existiam cem reinos, cada um governado por um rei.
O plano deste Rei Maligno consistia em capturar os governantes despercebidos, quando eles estivessem cavalgando livremente pelos bosques, e como quem não quer nada atrair a atenção elogiando os finos trajes e apanhá-los pela vaidade. E o plano foi bem-sucedido e foram capturados 99 reis e aprisionados em um castelo.
Para o último, o Maligo Kalmas preparou um novo golpe.
Eis então que o ultimo Rei de nome Sutra, estava saindo do seu castelo para uma missão especial, montado em seu cavalo. Mas já na saída se deparou com um pobre monge, vestindo uma túnica, barba embaraça e magro como jamais havia visto. Sutra sentiu pena deste homem e recomendou que ele retornasse no começo da noite porque lhe daria uma gema preciosa.
Porém, o último Rei Livre era observado pelo inimigo, que sabia que seria uma presa fácil. Em um só golpe Sutra foi capturado e encaminhado para a prisão.
Durante o caminho o último rei, o ex rei livre, estava agitado em seus pensamentos, parecia aflito com alguma coisa, e então o demoníaco Rei curioso, quis saber o que ele estava pensando. Envaidecido, achou que fosse porque se tornou prisioneiro. E então o Rei Sutra Respondeu.
– Hoje encontrei um monge e prometi-lhe que lhe daria uma gema. O monge ficará esperando lá toda a noite e pensará que sou um mentiroso, se eu não aparecer para cumprir a minha promessa. Não importo pela minha liberdade, mas há muito tempo jurei que nunca contaria uma mentira e sempre cumpriria minhas promessas.
E então o Kalmas perguntou a seu prisioneiro:
– Se deixá-lo livre por sete dias sob a condição de que retornará aqui imediatamente, prometerá retornar?
– Claro que sim. Sou um homem de palavra, e dou-lhe a minha palavra pessoal.
Assim Kalmas deixou Sutra retornar. Encontrou com o pobre monge no horário marcado e deu-lhe a sua gema.
Nesta mesma semana, o rei Sutra esteve ocupado em reuniões privadas com o seu príncipe herdeiro, organizando tudo para a sua partida, e distribuiu uma grande quantidade de joias aos seus súditos.
Na data marcada, estava prestes a deixar o castelo, quando foi interrompido por um de seus leais súditos.
– Senhor, aquele Rei é um tirano, e a vontade dele é tomar o mundo. O senhor é um grande rei, e tamos a necessidade de ter você aqui. Por favor, não nos deixe.
Sutra ficou comovido com estes argumentos, porém, já de partida ele disse.
– Desde que nasci, nunca disse uma mentira. O único caminho para que possa governá-lo é levá-los à estrada da felicidade, mas uma mentira não pode fazer isso. Fiz uma promessa e agora devo dar um bom exemplo. A minha própria vida é indigna em comparação com este nobre princípio.
Kalmas estava esperando por Sutra nos portões de seu castelo, quando Sutra chegou. Ele caminhou por um longo caminho a esquerda de Sutra quando disse:
– O senhor é realmente um homem de palavra. O senhor dá muito mais valor à verdade do que a própria vida. Por favor, diga-me por que faz isto?
Sutra pensou por alguns instantes, mas Kalmas não o deixou falar.
– Vejo verdade em seu coração e em suas palavras. Sutra, o senhor deu-me uma lição valiosa, e aqui o Senhor vai influenciar positivamente os outros 99. Não vou permitir isso e vou pedir para os guardas o libertar.
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Créditos: MARCELO JOSE BRESCIANI
Roteiro: Marcelo J Bresciani
Crédito das Imagens ao Próprio Autor.
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