No budismo não há Deus, e talvez seja a tradição que mais se aproxima Dele. A vida oscila entre a dor e o vazio, e o homem segue tentando preencher esse espaço com nomes, crenças e promessas. Schopenhauer viu esse movimento como fuga, Buda como ignorância. Ambos apontaram para o mesmo lugar: o sofrimento nasce quando a mente busca fora aquilo que nunca esteve distante. O silêncio surge, não como ausência, mas como ruptura. E quando o silêncio chega, o eu começa a tremer.
Ouça este episódio e atravesse o ponto onde Budismo, Schopenhauer, Deus, Consciência, Sofrimento, Despertar, Ego, Silêncio, Nirvana e Karma deixam de ser conceitos e passam a agir dentro de você.
Neste episódio, a filosofia deixa de explicar o mundo e começa a desmontar o observador. A partir do pensamento de Arthur Schopenhauer e dos ensinamentos de Buda, esta narrativa conduz o ouvinte por um corredor interno de escolhas, portas fechadas e perguntas que insistem em existir mesmo sem resposta. O ponto de partida é direto: no budismo não há Deus — e talvez por isso ele se aproxime tanto do que muitos chamam de divino.
Aqui, Deus não aparece como entidade que pune ou recompensa. Ele surge como experiência que nasce quando o ego perde força. O silêncio de Buda, diante da pergunta “existe Deus?”, revela uma ruptura radical: toda definição aprisiona. Toda crença terceiriza a responsabilidade de existir. O budismo não promete salvação. Ele exige consciência.
Schopenhauer surge como fio condutor desta travessia. Sua visão do sofrimento, do desejo e da ilusão do eu ecoa o mesmo diagnóstico que o budismo aponta há séculos: o mundo é representação da mente, e a dor nasce do apego à vontade. A libertação acontece quando o “eu” deixa de comandar.
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