Histórias que curam a Alma

O pedreiro que trabalhou para Nossa Senhora

Minuto da Metáfora. Pare um instante para ouvir este áudio. Ele tem função terapêutica e pode deixar sua mente alinhada e leve ainda hoje.

Como é bonito ver uma obra de arquitetura acontecendo. Uma igreja, catedral ou um tempo. Eu realmente fico impressionado como as coisas vão acontecendo. Quando a obra começa, tudo o que podemos ver é uma grande bagunça no terreno, material de construção jogado para todo lado, e algumas formas que parecem que vão ficar estranhas.

Quando era criança acompanhei uma parte da construção da Basílica de Aparecida, e tudo o que a gente podia ver naquele tempo era a obra acontecendo em algumas partes da igreja, andaimes e o interior da Basílica só no tijolinho a vista. Hoje ficou bem diferente.

Eu quero contar para vocês hoje a história de um viajante, que percorrendo uma estrada e se deparou com uma obra em início de contrição.

Só podia ser mineiro para puxar papo com os pedreiros que estavam trabalhando, com suas ferramentas e cavando a terra para fazer a fundação, que é uma parte bem importante de toda obra.

Este viajante falou com três pedreiros, mas ficou bastante intrigado com uma coisa.

Quando falou com o primeiro, perguntou o que ele estava fazendo. E eu acho que era melhor ele nem ter perguntado, sério mesmo, só de olhar para o rosco fechado daquele trabalhador.

-Tá vendo não? Estou carregando pedras…

A fisionomia deste trabalhador expressava um pouco de dor e muito sofrimento. Parecia até contrariado com o que estava fazendo, e ele continuou.

-Estou morrendo de dor de tanto trabalhar. Isso aqui está acabando com a minha coluna e meus braços. Não suporto mais este trabalho.

-Então tá bom, desculpa por perguntar. Disse o viajante, que foi puxar papo com outro pedreiro.

Foi então que ele ouviu o seguinte, bem mais receptivo.

-Bem, eu não queria trabalhar aqui, mas não posso reclamar. Estou aqui ganhando a vida e foi a única firma que me aceitou. Estou conformado e levo comida para casa para meus filhos.

O viajante quis saber então o que era aquela construção, perguntou então para o terceiro pedreiro o que era tudo aquilo, e o que ele estava fazendo? Ele respondeu.

-Seu moço, estou construindo uma Catedral! Estou ajudando os padres e o bispo que vai rezar a missa aqui, para a nossa Santa Mãezinha, e ela vai abençoar todo mundo que vir aqui.

Três pedreiros, três homens simples e de pouco estudo, mas cada um fazendo a mesma mas coisas completamente diferentes. Cada um deles tinha a sua própria visão do trabalho ao qual eles eram pagos.

Para o primeiro, o serviço significava muita dor e sofrimento. Um sacrifício que certamente tornava a ação muito mais penosa e tudo aquilo lhe fazia muito mal.

O segundo pedreiro manifestou indiferença com o trabalho, que nada significava. Era apenas uma obrigação. Estava conformado mas não realizado. Quantas vezes nos sentimos assim, com aquilo que ocupamos a nossa vida?

Eu penso que a indiferença é pior do que a raiva, porque este segundo vem e passa, mas a indiferença pode permanecer por uma vida.

Já o terceiro pedreiro, eu quero que você tire suas conclusões, mas eu tenho para mim que ele era um trabalhador de propósito elevado. Ele trabalhava por uma causa maior.

Adaptação e Roteiro: Marcelo J Bresciani

 

Publicado em:

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.